quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Resposta

O silêncio foi a única resposta que eu sempre tive, o teu silêncio falava através dos seus olhos, que não vejo mais.
A tristeza me visita nos dias frios.
Sentada no chão da sala meus dedos começam a revelar o que ainda me dói, o que guardei para você, tudo aquilo que ainda me consome, devagar.
Queria chorar, mas me cansei de tantas lágrimas, resolvi escrever, deixar registrado aqui todo esse amor, não mais em mim.
Pelo menos no meu sonho você pode estar, sem medo, pode me visitar, ninguém precisa saber, a saudade vai doer, até quando eu não sei. Eu também visito os teus sonhos, porque a mesma saudade que dói aqui dói aí e isso acaba comigo.
As lembranças dos dias felizes acalentam meu coração cansado de não encontrar o teu, cansado de fugir do seu, cansado de não mais sorrir ao ouvir você bater na porta.
Se eu pudesse te abraçar agora, conseguiria sorrir de novo, mas não posso, você que era a minha alegria, se tornou a única droga que já me viciei, estou em abstinência.
Fracassei, as lágrimas ainda estão aqui, eu ainda estou aqui, falando para mim mesma que você já se foi, mesmo te sentindo em mim, toda vez que tento te esquecer.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sonhos

Te sinto cada dia mais distante, nessa distância você me sente mais perto, e é essa antítese que vivemos.
Você diz que sonhou comigo, foi um sonho bom, esta manhã fui eu que sonhei com você e foi triste, melancólico.
Fazia muito calor e meu coração acelerava só de pensar que eu iria te ver, cheguei na sua casa e sua família se questionava quem eu era, depois no meio desta confusão você dormia com a sua companhia e eu quis fugir, encontrei um lago com dois cisnes  brancos e uma grama verde fofinha.
Me deitei perto dos passarinhos que haviam pousado ali, adormeci e acordei no meu quarto escuro.
Não havia tristeza, nem vazio.
Ficou uma saudade calada e conformada dentro de mim.
Não tenho mais esperanças, estou no meu caminho.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Confusão

Still a mess.
Minha cabeça, meu coração, minha vida.
Os momentos felizes me assombram, visitam o sofá da minha sala, onde te abracei, assistimos filme e jogamos milho de pipoca no telhado do vizinho. Lembro do dia que nos "despedimos", e um acidente nos deu de presente mais 3 horas de mãos dadas no ônibus chegando em Friburgo.
Lembro do dia que te conheci.

"But I still remember that day
We met in december, oh baby."

Já é setembro, vem a primavera, e a lembrança da rosa vermelha que te dei aquele dia no café da tarde, lembro de todas as vezes que dançamos, bem pertinho, quando eu ligava o som do quarto. 
Do dia que "no embalo da rede matamos a sede na saliva." e a lua testemunhou os nossos olhos brilhantes. 
Lembro também dos raros momentos íntimos que nossos olhos não se desgrudavam, e as horas voavam, e o mundo parava para que o nosso amor iluminasse a noite escura.
Deixo aqui estas lembranças que me fazem por um surto de loucura te querer novamente em meus braços. Mesmo sabendo que não posso cometer o mesmo erro, mesmo sabendo que a minha solidão e a sua companhia de aparência, vão continuar nos acompanhando. 
Eu seu que você não vai mudar nem por mim, nem pelo nosso amor.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Retrato em branco e preto.

Já conheço os passos dessa estrada,
Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor.
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali, sozinho,
Eu vou ficar tanto pior.
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto, evito tanto
E que no entanto volta sempre a enfeitiçar?
Com seus mesmos tristes, velhos fatos
Que num álbum de retratos eu teimo em colecionar.
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que eu cansei de conhecer.
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara, ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isto é pecado.
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão.
Vou colecionar mais um soneto,
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração.

Tom e Chico.

Eu e o meu drama, e mais silêncio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Meu amor

Agora que você se foi, o que fazer com todo esse amor dentro de mim?
Pensei em espalhar ele por aí, ou quem sabe oferece-lo as ondas do mar para que elas o leve até a maré alta, aonde eu não possa chegar.
Esse amor que guardo em meu peito, e que por vezes se transforma em lágrimas nos dias de fraqueza, é o que restou de você em mim.
Os dias se passam e levam um pouco dessa dor que se instalou no meu peito feito doença grave.