domingo, 8 de agosto de 2010

Pai

De minha mais doce memória, guardo os passeios de carro ao som do nosso rock´n roll, que eu herdei de você de corpo e alma. Adimiro a sua escolha de viver aqui no Brasil, só para ver eu e minha irmã crescer.
A vida é cheia de surpresas, e volto ao passado para pintar e descrever um daqueles momentos que se eternizam pela doçura e poesia que acontecem.
Era sempre assim, todas as manhãs de domingo quando embalava meu carrinho de bêbê com minha risonha irmã "empulerada" atráz. Assim caminhávamos os três, provocando encantamento por onde passávamos, e o seu olhar exibia orgulhoso suas duas meninas, e os carinhos que continuam infinitos até hoje. E é por isso Pai, que a sua ausência no porta-retrato da sala não me encomoda mais, porque no fundo eu sabia que não seria a separação da mamãe, que te levaria daqui.
E teve uma vez a pouco tempo que eu te vi chorar, e diante das suas lágrimas eu agradeci a Deus por ter te escolhido para ser meu pai.

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