domingo, 19 de setembro de 2010

Meu mundo

Entra na minha casa, habita o meu mundo,
sente meu perfume que agora permeia os teus lábios.
Derrama o teu mundo no meu mundo e me vicia com suas manias teus livros, seus sorrisos e tua alegria.
Já me despi com minhas palavras para me ler, e talvez entender minha essência confusa, anti pragmática e encantadora.
Porque não esquecer o mundo lá fora, e tentar entender mais o nosso mundo?
Que chegou sem avisar, causando festa, e lágrimas.
Já é tarde e ficou escuro, me abraça?

Um comentário:

Maria Mar disse...

Meu mundo sedimentado por uma parede de decepções. Eu, levantando sempre que levava caldo, olhando para cima. A única pessoa que estava lá, me via, era eu mesma no futuro, passando a mão sobre a minha cabeça. Sempre foi assim desde que ela morreu. Muitos ao meu redor, eu sempre sozinha. Me entreguei diversas vezes. Me quebrei e só tinha eu mesma para consertar. Eu levantei minhas conquistas: sobrevivi à minha turbulenta adolescência, conquistei um território novo, consegui minha independência de pai, mãe, avó e irmã. Tudo tudo passa. Me levantei todos os dias para trabalhar, me levantei sempre que o amor me derrubou. Você chegou e disse que ia entrar no meu mundo. Que ia passar a mão na minha cabeça quando eu caísse. Que ia aceitar todas as minhocas da minha cabeça com o seu sorriso e entendimento extraplanetário, e que ia ouvir meu blablabla político-social ainda que isso nada signifique. Mas eu, simples mortal, não aguentei again. E abri mão, again. E estou aqui again falando Deus sabe pra quem, porque só eu posso me salvar e não salvo. Só eu posso me levantar do coma. E não sei se tenho tanta coragem para fazer isso, como você.