Aumento o volume e as palavras me fogem a mente, enquanto o piano toca gentil e agudo aos meus ouvidos.
O jazz ainda toca, mesmo que o meu sonho tenha se dilacerado e jogado na lama, feito lixo em decomposição.
Agora começou aquela música que sonhei dançar com você em passos rodopiantes no tapete da sala.
O tempo pode me mudar, e por vezes me pego esnobando esse meu lado poético estúpido e sensível.
Me suicido toda vez que reconstruo minha vida pensando em ter você ao meu lado.
Mentira.
Descarada.
Maltrata o meu amor cansado de sofrer e de escrever textos e cartas que nunca te enviarei.
Não merece todo o meu lirismo.
Não mesmo.
Me tornei egoista e vou me afogar nas minhas próprias palavras, até aprender a me amar mais e até encontrar alguém que me olhe nos olhos mais profundamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário