terça-feira, 19 de outubro de 2010

Farsa


Me encontro estirada entre as folhas secas que o outono nos deixou.
Passou como um flash, disfarçando bem a verdade que andava por aí escondida em muitos olhares que só eu não enxergava.
O amor surtou, e ainda usou spray de pimenta para me cegar,e me atar mãos e pés,agora inúteis por não poderem mais reagir.
Um abismo se formou com a gentil ajuda do medo.
Entrei em choque, fiquei em pânico, a ponto de não sentir meu corpo inteiro secando devagar a minha boca sedenta de proteção.
Percorri meu passado inteiro em poucos minutos, gritando ao meu consiente a vergonha que eu me tornara hoje, assim, jogada na cama feito criança com medo do escuro.
Eu falhei humanamente estúpida, e ainda fazendo pose de artista, maluca, delirante, sufocante, e assustadora.
Não esqueçe de me lembrar quem eu sou, porque ontem eu me perdi de mim mesma, e gritei bem alto, mas ninguém me ouviu.
Decidi dormir e esquecer apagar da memória e lutar contra meus fantasmas que inútilmente ainda me assustam.
Ainda não acabou.

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